Escolher entre as Ilhas do Arquipélago.
Breve Descrição das Ilhas de Cabo Verde.
Cabo Verde não é um território homogêneo.
Não o são o Brasil e Portugal. Como poderia sê-lo um país de dez ilhas (nove das quais habitadas)?!
As ilhas podem se dividir assim:
-Sal encontra-se completamente em mãos dos grandes e pequenos operadores imobiliários e turísticos, com grandes hotéis e pequenas estruturas turísticas cada vez mais sufocadas enquanto as Operadoras de Turismo oferecem amiúde estadias semanais (vôo+pensão completa) a um preço apenas superior ao do vôo só. Esta ilha oferece um mar maravilhoso e lindíssimas praias de areia dourada. Porém, viverão entre turistas e “empresários”, principalmente italianos, e gastarão em euros.
Além do sol e o mar, a ilha oferece realmente pouco. O que há que ver pode ocupar, no máximo, um dia.
Nós aconselharíamos a um turista que conheça esta ilha indo lá unicamente um dia antes da saída do vôo internacional que o levará de volta ao seu país.
-Boavista está se dirigindo muito rapidamente até o mesmo destino de Sal, mas – por enquanto – ainda conta com o fato de não possuir um aeroporto internacional (será que vai abrir até final de 2007?) e não se pode, portanto, chegar a ela diretamente com vôos desde o estrangeiro. Além do mais, a ilha, mesmo tendo praias maravilhosas, é muito maior, mais linda e interessante do que Sal.
Infelizmente, a atmosfera que se respira à noite em Sal Rei, a capital, não é mais a caboverdiana. Já é a do “folklore para turistas” que como pagaram “então devem se divertir”.
-Santiago e Maio aguardaram durante anos a abertura do aeroporto internacional de Praia (que foi inaugurado, finalmente, em 6 de outubro de 2005) para se abrir ao turismo. Ainda é cedo para avaliar o impacto que esta oportunidade terá sobre o fluxo turístico dessas ilhas, dada a atual ausência de infra-estruturas e a precariedade dos transportes marítimos.
Santiago, de qualquer maneira, é a maior ilha, que concentra mais da metade dos habitantes de todo o arquipélago. É muito linda e, sem dúvida, a mais variada. Há praias de areia, mesmo se poucas. Sozinha vale uma semana de férias.
Praia, a capital, talvez seja a única cidade do arquipélago onde se podem achar, por temporadas, gêneros de todos os tipos. Em compensação, sendo superpovoada (moram nela mais de um quarto de todos os habitantes do arquipélago), está conhecendo um desenvolvimento rápido, sobretudo imobiliário, cuja conseqüência está sendo o nascimento de uma micro-delinqüência.
Maio, muito pequena, tem 83 quilômetros de praias douradas e praticamente ainda é desconhecida por parte do turismo de massa. Uma colônia de italianos, em geral completamente alheios à vida da ilha (empresários, construtores ou, simplesmente, homens de negócios), contribuiu recentemente a mudar um pouco o panorama da Vila do Maio, a capital, e seus arredores. O caráter reservado e cordial dos habitantes permite, de qualquer maneira, curtir ainda, para quem quiser, de belezas naturais e ritmos de outros tempos. Desde Santiago, está a dez minutos de vôo.
-Fogo é uma montanha, um vulcão ainda ativo, jogada no mar. A areia (poucas as praias onde se possa tomar banho) é preta como o carvão. O clima e o regime das chuvas a tornam uma única ilha do arquipélago completamente autônoma do ponto de vista alimentar. Fantástica uma excursão na cratera que tem um diâmetro de 12 quilômetros.
-S.Vicente é Mindelo, uma cidadezinha que conserva intacto o aspecto que tinha no final do século XIX. É a capital cultural de Cabo Verde. A música (maravilhosa!), a arte, o pouco de artesanato que existe em Cabo Verde vêm, quase todos, desta ilha. Também tem praias lindíssimas, mas as mais lindas há que procurá-las de carro ou de táxi.
-As outras ilhas (Brava no Sul, S.Nicolau e S.Antão no Norte), também belíssimas, estão mal conectadas (a primeira e a última não tem sequer conexão aérea) e o turismo, que conhecerão só futuramente, provavelmente não será um turismo de massa. São as preferidas por quem adora as trilhas e as longas caminhadas. Poucos os areais. Belíssima a natureza selvagem e imponente.
Brava, a ilha menor do arquipélago (a mais ao Sul), goza também de um micro-clima que a torna mais fresca e mais úmida do que as outras. Os cabo-verdianos a chamam “a ilha das flores”.
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